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Na Essência | As cinco pessoas que você encontra nas Redes Sociais

Por: Júnior Chisté
23/05/2018 10:41

É evidente que estou plagiando o filme "As cinco pessoas que você encontra no céu", aliás um filme onde toda a família deveria assistir, especialmente agora que o frio chegou.

Mas, as redes sociais nos passam uma conotação que a virtualização é um mundo bacana, é um mundo sadio onde se proliferam as grandes amizades e é por lá realmente que devemos ficar o tempo todo. Tudo está baseado em relacionamento. Você publica algo, alguém logo lhe manda um coração, lhe dá um "like", te serve como apoio, e você fica empoderado e teu cérebro recebe aquilo como algo que é legal e vai condicionando de forma muito fácil. Sua cognição, os mesmos princípios, da mesma forma, que o álcool ou qualquer outra droga agem na sua mente, as redes sociais vão interagindo com você.

Logo você e seu Facebook não pode sequer aceitar nenhuma nova "amizade" pois seu perfil tem "apenas" lugar para 5.000 amiguinhos. Você então tem duas opções ou criar outro perfil ou transformar aquele seu perfil em uma página, aí sim, essa página pode receber 100, 200, 300 mil amiguinhos. Viva, eu sou super popular. Posso ter amigos de todos os lugares, de todos os estados, até de outros países.

Mas de repente algo que me ocorre. Uma certa tristeza, abatimento, uma melancolia começa me ocorrer. Percebo que não tenho contato mais com o mundo lá fora. Tenho somente trabalhado ou frequentado o colégio e ficado em meu celular ou em frente ao computador e nada mais. Percebo então que o mundo virtual está me fazendo um mal danado. Mas ocorre que não posso ficar longe sequer trinta minutos deste mundo que eu mesmo desenhei e escolhi pra mim. É como se tivesse alguém, com uma força sobre humana que me puxasse até qualquer ferramenta dessas.

Tento pedir ajuda para dezenas desses "amigos" que fiz ao longo de meses. Estão todos muito longe e eu havia sempre tido a noção de que estavam tão próximos. Eu peço "venham até mim". Eles simplesmente dizem "fale, escreva". Eu preciso que ele me escrevam "vou passar aí, vamos nos encontrar, você quer um abraço?" Mas não, eles somente querem algo virtual.

E agora, será que no meio do Facebook, do meu Insta, do meu Whats, do meu Snap, de tantas outras redes sociais eu encontrarei ao menos cinco pessoas que poderão dizer: "me espera, estou chegando aí", ou "você está precisando chorar, desabafar, correr, pegar chuva, pegar sol, tomar um sorvete, bater em uma bola, correr abraçados, quer viver isso?".

Como está o seu mundo, o mundo de seu filho? O mundo do filho do seu filho? E o seu?

Encontre cinco grandes amigos no seu Facebook que numa madrugada gelada, faltando combustível no seu carro, em uma BR qualquer, você teria certeza que ligaria para um deles e eles sairiam da cama, quentinhos, confortáveis e iriam ao seu encontro.

Paz e luz, e até amanhã!

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